domingo, 10 de maio de 2009

Como trabalhar as "buscas" na Internet com alunos?



Nessa semana que passou, recebi a nova edição da revista Nova Escola (assunto de capa: Prova Brasil). Além da reportagem principal que, a propósito, me deixou meio irritada, pois ensina aos professores como preparar os alunos para uma prova que deve medir os índices do ensino básico (ou seja, ensina aos professores como burlar os índices, pois se os alunos necessitarem desse preparo para a prova, significa que a educação, desde a primeira série, deixou lacunas - vantagem é que as ações podem ser aplicadas a partir de agora por todos os professores), há uma máteria bem interessante sobre como as crianças pesquisam conteúdos na Internet.

O trecho chocante da mátéria segue transcrito, ipsis litteris:
"Pesquisa divulgada no mês passado mostrou que 63% dos estudantes brasileiros dizem que o lugar mais habitual para acessar a internet é a escola. Porém, esses mesmos jovens afirmam que metade dos professores não utiliza, nem recomenda a Rede. E apenas um em cada dez entrevistados aprendeu a usar a ferramenta com um educador."
Será que fica tão evidente o problema para você, leitor, quanto para mim?
Revendo o problema: os alunos acessam a internet na escola. Professores não recomendam a rede para pesquisa. Os alunos aprendem a usar a ferramenta sozinhos.
Problema real: os professores não confiam na internet como bibliografia para pesquisas e trabalhos de alunos porque não confiam na capacidade deles para encontrar informações confiáveis, uma vez que aprendem a usar a ferramenta sozinhos, e também não os ensinam pois tem consciência de que, provavelmente, os alunos sabem mais sobre computadores e seus recursos do que ele próprio.
Tendo isso em mente, preparei uma atividade para trabalhar as buscas na internet com os alunos, pois as dicas da reportagem são um tanto vagas:

1. Deixe claro para os alunos o motivo do trabalho - Como buscar informações na Internet;
2. Apresente as ferramentas de busca (Google, Cadê, Yahoo!...). Apresente também a possibilidade da busca direcionada em bases de dados de estatísticas, como IBGE e outros.
3. Deixe que os alunos se organizem em grupo e peça para que escolham um tema de sua preferência para trabalhar (com certeza eles escolherão assuntos sobre os quais já tem algum conhecimento, assim saberão distinguir fontes incompletas ou incorretas);
4. O trabalho deve ser uma pesquisa, que não deverá ser entregue. A parte que deverá ser entregue irá se referir a pesquisa em sí, segue roteiro:

  • Fontes pesquisadas (site e data de acesso) - listar os sites.
  • Que tipo de informação foi encontrada em cada fonte?
  • Houve fontes com informação incompleta? Quais e o que faltou?
  • Qual a fonte com informação mais completa? Qual o critério do grupo para selecionar essa fonte?
  • Houve buscas de imagem? Como as imagens foram encontradas?.
  • Quais as palavras chave que o grupo usou para realizar a busca?
5. Com o trabalho pronto, peça que os grupos troquem os trabalhos entre sí.
6. No item das palavras chaves, peça para que os grupos insiram novas palavras pelas quais buscariam para aquele assunto (assim poderão perceber que as palavras mudam de acordo com a abordagem do tema escolhido, ou seja, para um mesmo tema poderão existir inúmeras palavras, dependendo do foco).
7. Para finalizar com a classe, faça um debate sobre: "O que é importante para definir uma fonte boa para pesquisa - design do site, conteúdo, nome do portal ou escritor do texto?"

Lembre-se de comentar na sala que o design pode transmitir confiabilidade, mas é importante saber que escreve ou quem é citado como referência. A internet, como ferramenta de troca de informações e comunicação, irá replicar e comentar assuntos já publicados em jornais, livros e outras mídias, por isso é importante ir a biblioteca também, pois assim você poderá ter referências confiáveis e cruzá-las com sabedoria é a chave!

Mais dicas na matéria integral: As busca via Internet - Nova Escola, maio de 2009.

Um comentário:

  1. Carolina Tostes Costa12 de maio de 2009 às 15:11

    Como diria o Joey Tribbiani: How you doin'?
    Mais comentários em breve!

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