quinta-feira, 30 de abril de 2009

Educação de Backup


Procurando sempre novas formas de educar alunos de ensino fundamental e médio de maneira divertida, agregando também conhecimentos de tecnologia além do currículo escolar obrigatório, sempre nos deparamos com a questão do "Como ensinar?". Incansavelmente procuramos o fun learning, através de jogos e outras ferramentas onde o aluno e, em boa parte, o professor não percebam o caráter educativo.
No entanto, parece que a questão está além do "como", indo para o "o que ensinar?". Insistimos na mesma tecla há anos... logarítimos, e conhecimentos específicos de várias áreas do conhecimento parecem deslocados, afinal, temos calculadoras! Contas básicas de soma, divisão, subtração e multiplicação parecem suficientes.
O curriculo reforça uma série de matérias e dispensa habilidades muito mais essenciais como criatividade, habilidade de síntese e argumentação, que serão muito mais necessárias durante a vida adulta, pois são capacidades que a tecnologia não nos fornece.
Um adulto limitado, sem criatividade, será absolutamente incapaz de resolver problemas simples, afinal, frente a uma situação adversa, se a solução é conhecida, basta aplicá-la. Se a solução é desconhecida, deve ser criada!
Não seria conveniente, ao invés de ensinar uma série de fórmulas que nunca precisariam ser decoradas (pois poderá consultá-las infinitas vezes fora da escola), ensinarmos lógica?
Realmente não consigo ver um futuro muito brilhante para uma geração que aprende sem tecnologia, num futuro onde a tecnologia permeará a sociedade.
Alguns argumentam que, e se nossa tecnologia sofrer um BreakDown? Simples: parte da tecnologia consiste em metasoluções, ou seja, resolver problemas criados por ela mesma. Nenhum BreakDown duraria tempo suficiente para que regredíssemos... Há nove anos estou esperando meus aparelhos eletrônicos se auto-destruirem com o Bug do Milênio (parece que vou esperar mais uma eternidade).
Aí entra a idéia da educação de Backup. Temos que ensinar uma série de inutilidades às crianças para que, se um dia nossa tecnologia falhar, elas sejam capazes de reconstruir a sociedade com base em que? Nos logarítimos, é claro. Criatividade nessa hora não conta!!!
Seria muito construtivo começar um debate para que o currículo escolar seja analisado e adequado ás novas tecnologias. Seria útil, divertido e o aprendizado seria descomplicado.
Atenção professores! A realidade de sua infância é completamente diferente da realidade das crianças de hoje! Temos que nos revisitar. Nos desconstruir em busca de uma nova construção mais efetiva! Deixemos de ser imigrantes digitais para nos transformar em nativos digitais - assimilando as linguagens e as referências da nova geração.
Só assim poderemos educar para um futuro bem sucedido!

Para mais referências, visite o site http://www.marcprensky.com/writing/default.asp (artigos de Marc Prensky, desenvolvedor de games pedagógicos e acadêmico com título de mestre em Yale).

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